O
"rouba mas faz", "estupra mais não mata", "relaxa e
goza". Lá fora até fomos exaltados como um povo que aceita a corrupção.
Mas o que importa isso, não é? Estamos crescendo tanto! Que mal poderia haver
nessa "aceitação"? Os nossos pobres estão comendo mais, tem escolas
para os filhos, bolsas para tudo. Gente! Vejam que maravilha! O Brasil está
sendo cotado lá fora como o país que mais trabalha para diminuir as diferenças
sociais. E aí, novamente me pergunto:como é que se opera este milagre? Vou
além...O pobre, com uns míseros reais a mais no bolso, vai sobreviver a uma
doença? Se precisar de uma cirurgia para sobreviver, é operado de pronto? Se
precisar do remédio indispensável, encontra-o sempre? Não vai mais morrer com
uma bala perdida ou arrastado por veículos conduzidos pelos "do mal"
ou pelos "de menor" inimputáveis? Vai poder circular pelas ruas sem a
preocupação de ser assaltado? O bolsa-escola, afinal, é usado para que os
pobres tenham acesso ao conhecimento, à formação esmerada, à cultura, ou é apenas
mais uma camuflagem para diminuir essa vergonha que é o índice de
analfabetismo? O que adianta essa bolsa, se o que é oferecido por ela é um
ensino medíocre? E não venham dizer que isso é invenção. Faça um teste com seus
filhos, sobrinhos, vizinhos... Melhor ainda, com os menos favorecidos...
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