Trabalhadores estão morrendo sem ver aprovação da PEC 54/99
Por Redação da ASPRENNE em 8/junho/2012
Por Redação da ASPRENNE em 8/junho/2012

“É inconcebível um Projeto de Emenda a Constituição adormeça na
letargia desta casa do povo há mais de 11 anos. Enquanto isso os
trabalhadores vão apodrecendo no serviço público de forma precarizada,
os explorados pelos governos estaduais e municipais, que preferem manter
essa gente neste estado, porque o Estado se locupleta a custa da
exploração da mão de obra dessa gente; quando não paga terço de férias,
qüinqüênio e sempre paga abaixo do valor do salário do profissional
concursado, não respeita o princípio isonômico constituído.
Muitos, dependendo do setor de trabalho ainda são tratados como
profissionais marginalizados do direito, apenas porque entraram no
serviço público antes da promulgação da Constituição. Ou seja, todos
aqueles servidores que entraram entre 5 de outubro de 1983 a 5 de
outubro de 1988, foram jogados na mesma vala comum da
inconstitucionalidade. Uma lei não pode ser aprovada retroagindo para
prejudicar, mas a nossa carta magna foi o pior exemplo, e a aprovação
desta PEC 54/99 pode corrigir esse equívoco, e tardiamente, fazer
justiça social a esses trabalhadores, muitos na sua faixa etária entre
os 45 a 60 anos, prestes a uma aposentadoria e outros não se aposentam
porque muitos direitos são usurpados, sem esquecer os que faleceram na
esperança de vê-la aprovada. Que infelizmente, no dia 10/06/12 estará
completando 12 anos nas gavetas dessa casa do povo.
A Associação dos Servidores Públicos das Regiões Norte/Nordeste
(ASPRENNE), desde 2007 tem mobilizados os parlamentares desta casa para
que apresentem requerimentos, para que a mesma seja colocada em pauta na
Ordem do Dia. E contamos com o apoio de Vossa Excelência para que este
ano contribua com esta causa nobre, o reconhecimento da estabilidade de
meio-milhão de trabalhadores espalhados em todas as esferas de governo:
municipal, federal e estadual. Pois não se concebe a morte de muitos
trabalhadores, sem que os mesmos deixem para suas famílias um amparo
legal, podemos citar como exemplo, a morte de dois lutadores que torciam
para que esta PEC fosse aprovada ainda em vida, porém, no dia 18 de
novembro de 2009 faleceu sem ver em vida um direito que tanto
acalentava: a aprovação da PEC 54/99, o Francisco Gouveia, que
trabalhava como Vigilante de uma Escola Pública em Campina Grande, na
Paraíba, há mais de 19 anos de espera, e no dia 14 de março de 2010
faleceu outra esperançosa pela aprovação da PEC, a funcionária Silvana,
Enfermeira do Sindicato do DETRAN-PB, aos 48 anos de idade e com 18 anos
de serviço prestado. São diversos casos de trabalhadores que estão
morrendo sem que vejam em vida um direito garantido. Isso pode ser
corrigido com o empenho de todos os partidos políticos e principalmente
do PT que tinha por ideologia a defesa intransigente dos direitos aos
trabalhadores. A hora chegou. Vamos colocar a PEC 54/99 como prioridade
nesta casa que representa o povo brasileiro”.
Professor Gilson Nunes
Presidente da ASPRENNE
Presidente da ASPRENNE