O arpoador de sonhos acordou sob um forte nevoeiro. Conta uma velha lenda que um
marinheiro solitário achou o caminho de casa seguindo apenas um canto. Deve ser
uma história inventada por algum romântico. Verdade ou não, toda vez que desce a
neblina, as pessoas se debruçam nas janelas e sussurram canções que só seus
queridos sabem. Todos querem garantir o desembarque dos seus abraços. O que
seria de um cais sem saudade, tem desejo que fica para trás, muda de nome,
desaparece no horizonte. Tem gente que nunca parte e acho que de certa forma se
arrepende de ancorar a felicidade no primeiro sorriso. A vida é mar, cheia de
possibilidades. Colocamos nossa humilde nau sem bússola, sem estrelas, apenas
com uma alma em busca do que a faça todo. Não deixe de cantar na janela e guarde
uma vaga nesse cais...o sonho ainda volta meu bem, o sonho ainda volta.
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