Quando eu tinha 17 anos, li uma citação que
dizia algo como "se você viver cada dia como se fosse o último, um dia
terá razão". Isso me impressionou e nos anos transcorridos sempre me olho
no espelho pela manhã e pergunto se hoje fosse o último dia de minha vida, eu
desejaria mesmo estar fazendo o que faço? E se a resposta for "não"
por muitos dias consecutivos, é preciso mudar alguma coisa. Lembrar de que em breve estarei morto é a
melhor ferramenta que encontrei para me ajudar a fazer as grandes escolhas da
vida. Porque quase tudo - expectativas externas, orgulho, medo do fracasso -
desaparece diante da morte, que só deixa aquilo que é importante. Lembrar de
que você vai morrer é a melhor maneira que conheço de evitar armadilha de temer
por aquilo que temos a perder. Não há motivo para não fazer o que dita o
coração. Ninguém quer morrer. Mesmo as pessoas que desejam ir para o céu
prefeririam não morrer para fazê-lo. Mas a morte é o destino comum a todos.
Ninguém conseguiu escapar a ela. E é certo que seja assim, porque a morte
talvez seja a maior invenção da vida. É o agente de mudanças da vida. Remove o
velho e abre caminho para o novo. Hoje, vocês são o novo, mas com o tempo
envelhecerão e serão removidos. Não quero ser dramático, mas é uma verdade. O
tempo de que vocês dispõem é limitado, e por isso não deveriam desperdiçá-lo
vivendo a vida de outra pessoa. Não se deixem aprisionar por dogmas - isso
significa viver sob os ditames do pensamento alheio. Não permitam que o ruído
das outras vozes supere o sussurro de sua voz interior. E, acima de tudo,
tenham a coragem de seguir seu coração e suas intuições, porque eles de alguma
maneira já sabem o que vocês realmente desejam se tornar. Tudo mais é
secundário.
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