O que se vê nesses programas do governo (bolsa pra isso, bolsa pra aquilo) é a eternização da miséria das famílias carentes. Através de uma doação que é um pouco mais do que uma simples esmola, o governo cria um círculo vicioso que nunca tem fim, pois o que tira um indivíduo da miséria e lhe dá segurança e dignidade é um emprego. Nem sequer um trabalho o governo exige dessas famílias em troca do pão e do leite que doa. Tudo o que vem de graça não é valorizado. O único beneficiado Com esses ditos "programas sociais" é o governante que, em troca de um pouco de comida ou de um cartão magnético, vai pedir votos mais adiante para se reeleger - uma forma moderna de voto de cabresto.
Já dizia Luiz Gonzaga que "a esmola vicia o cidadão". Em "Vozes da Seca", de Luiz Gonzaga e Zé Dantas, há a seguinte estrofe:
"Seu doutor, os nordestinos têm muita gratidão/ pelo auxílio dos sulistas nessa seca do sertão/ mas doutor, uma esmola pra um homem que é são/ ou lhe mata de vergonha ou vicia o cidadão/ dê auxílio ao nosso povo/ encha os rios de barragem/ dê comida a preço bom/ não esqueça a açudagem/ livre assim nós da esmola/ que no fim dessa estiagem/ lhe pagamo inté os juros/ sem gastar nossa coragem".
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