Cada regime político elabora as divisões das classes sociais conforme os seus conceitos doutrinários. Não existe certo ou errado, apenas pontos de vista que justifiquem as suas próprias ideologias. classes trabalhadora na visão petista - Os que controlam e decidem sobre investimentos, que comandam a política dos primeiros escalões e que determinam a aplicação do capital. Estes constituem o topo da elite, os proprietários ou os altos administradores das grandes companhias, multinacionais e bancos, latifundiários, altos funcionários do estado, os políticos, a aristocracia, etc. Eles tem poder real sobre a economia e o Estado, e portanto, controlam a sociedade. Essa elite consiste em cerca de 5 a 15% da população. Quer isto dizer que não se dá conta aqui de tudo o que seria importante analisar, mas tal não é razão para preferir a ignorância de algo que se pode conhecer. O que se analisa de seguida não é uma parte ignorável ou menosprezável da realidade social. Pelo contrário, ver-se-á que se trata de um conjunto de vertentes nucleares de estruturação das relações sociais contemporâneas, em torno das quais muitas outras se organizam o que não significa que estas se reduzam àquelas ou que delas possam ser simplesmente deduzidas. A concepção sociológica de classes sociais aqui utilizada não parte do princípio de que todas as facetas relevantes da realidade social sejam redutíveis às relações de classe ou necessariamente delas decorram, muito menos de maneira direta e linear, sem mediações. E também não entende que as relações de classe possam ser reduzidas, de modo apriorístico e imutável, a uma determinada dimensão de estruturação social, por mais relevante que ela seja, em concreto, neste ou naquele contexto. É este entendimento no que rejeita e no que salvaguarda que preside à análise aqui apresentada, numa linha de elaboração conceptual e operatória, assim como de investigação empírica, desenvolvida ao longo de trabalhos de diversos âmbitos como, entre outros, Almeida (1986), Costa (1987), Almeida, Costa e Machado (1988), Machado, Costa e Almeida (1989), Costa, Machado e Almeida (1990), Almeida, Costa e Machado (1994), Machado, Ávila e Costa (1995), Machado (1998), Machado e Costa (1998), Costa (1999) ou Almeida, Capucha, Costa, Machado e Torres (2000).
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