quinta-feira, 21 de julho de 2011

Sempre

Sempre existe no mundo uma pessoa que espera a outra, seja no meio de um deserto, seja no meio das grandes cidades. E quando estas pessoas se cruzam, e seus olhos se encontram, todo o passado e todo o futuro perdem qualquer importância, e só existe aquele momento, e aquela certeza incrível de que todas as coisas debaixo do sol foram escritas pela mesma Mão. Eu sou sim a pessoa que some, que surta, que vai embora, que aparece do nada, que fica porque quer que odeia a falta de oxigênio das obrigações, que encurta uma conversa besta, que estende um bom drama, que diz o que ninguém espera e salva uma noite, que estraga uma semana só pelo prazer de ser o que sou, eu sempre vou tirar as correntes da cobrança do meu peito. Que acha todo mundo meio feio, meio bobo, meio burro, meio perdido, meio sem alma, meio de plástico, meia bomba. E espera impaciente ser salvo por uma metade meio interessante que me tire finalmente essa sensação de que as pessoas não entendem os sinais. Sozinho eu ando por aí, observando a tudo e a todos. Eu só queria ser legal, ser tranqüilo, ser leve. Mas dá realmente para ser assim nesse mundo terreno? Então hoje eu estou sem calar, quando for hora de falar. Nem ausente, nem presente por demais. Simplesmente, calmamente, eu vou caminhando nesta terra de meu Deus.....

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