terça-feira, 9 de agosto de 2011

A Semana...


A semana que termina registrou, certos fatos que parecem sem importância e passam desapercebidos do registro habitual. É sempre bom ir lá no fundo do baú da História e espanar a poeira do tempo e quando a gente anda com a cabeça ao vento, se acostuma com sandices inevitáveis como quem está à beira de um abismo qualquer. No fundo da minha alma existe um drama. Eu não me reconheci no espelho. Notei que esse drama que me habita do primeiro ao último fio de esperança é também o meu primeiro sinal filosófico de vida.  Quando a gente anda com a cabeça sem conhecimento, se assombra com palavras ditas ao léu, não para quem que seja, mas para quem possa compreendê-las sem se desesperar por não saber o que não te pertence...  Quando a gente anda com a cabeça sem ter mais o que pensar, sem ter o que se ver, sem ter o que esperar, tudo se torna inerte, se acostuma a ficar do jeito que está tudo pára, até os batimentos do teu próprio coração... A estrada nem sempre é tão clara, o caminho nem sempre é tão escuro, as lagrimas escorrem e aos poucos vão passando e nunca mais moverão moinhos... Eu nunca tinha pensando tanto, jamais tinha refletido como agora. Olha como a vida é louca, uns pedem perdão por tão pouco, uns vivem por pura sorte, outros morrem por questão de escolha. Isso motiva o comportamento louco das pessoas, os pensamentos frios de algumas mentes e os espelhos manchados com sangue e seus egos sujos. Ás vezes, viver, amar e ter filhos não basta. O amor por si só tem que estar completo. Se você já se cortou com uma faca, se tem os pulsos cicatrizados e já viu a Senhora Morte de perto, é mais fácil saber o que é o amor desse jeito. A gente vive se cortando com a pureza das rosas, vigilantes, impiedosas e assassinas. Nunca deixei de testemunhar meu silêncio, que é imortal, assim como o ressoar longícuo de minhas palavras. Profecias, talvez. Todos nós somos profetas um dia. A lucidez de minha melancolia e a estupidez de certas atitudes minhas, me deixaram mais alerta em relação ao mundo. Talvez seja esse maldito drama que me afugenta de mim mesmo. Vez ou outra ele se levanta e trai minha própria memória, como quem deixa de lado a vida, como quem respira insatisfação. É besteira lembrar do que não precisa, é horrível a fuga. Ao longe tudo é tão lindo, tudo parece ser tão puro, e no fim das contas nada faz muito sentido a essa hora da madrugada, o computador desafia minha mente cansada. È  tarde, não consigo dormir, mas o que importa é que todos os meus caminhos devem  sempre me levar à libertação....!!!

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