A semana que termina
registrou, certos fatos que parecem sem importância e passam desapercebidos do
registro habitual. É sempre bom ir lá no fundo do baú da História e espanar a
poeira do tempo e quando a gente
anda com a cabeça ao vento, se acostuma com sandices inevitáveis como quem está
à beira de um abismo qualquer. No fundo da minha alma existe um drama.
Eu não me reconheci no espelho. Notei que esse drama que me habita do primeiro
ao último fio de esperança é também o meu primeiro sinal filosófico de vida. Quando a
gente anda com a cabeça sem conhecimento, se assombra com palavras ditas ao
léu, não para quem que seja, mas para quem possa compreendê-las sem se
desesperar por não saber o que não te pertence... Quando a gente anda com a cabeça sem ter mais
o que pensar, sem ter o que se ver, sem ter o que esperar, tudo se torna
inerte, se acostuma a ficar do jeito que está tudo pára, até os batimentos do
teu próprio coração... A estrada nem sempre é tão clara, o caminho
nem sempre é tão escuro, as lagrimas escorrem e aos poucos vão passando e nunca
mais moverão moinhos... Eu nunca tinha pensando tanto, jamais tinha refletido
como agora. Olha como a vida é louca, uns pedem perdão por tão pouco, uns vivem
por pura sorte, outros morrem por questão de escolha. Isso motiva o
comportamento louco das pessoas, os pensamentos frios de algumas mentes e os
espelhos manchados com sangue e seus egos sujos. Ás vezes, viver, amar e ter
filhos não basta. O amor por si só tem que estar completo. Se você já se cortou
com uma faca, se tem os pulsos cicatrizados e já viu a Senhora Morte de perto,
é mais fácil saber o que é o amor desse jeito. A gente vive se cortando com a
pureza das rosas, vigilantes, impiedosas e assassinas. Nunca deixei de
testemunhar meu silêncio, que é imortal, assim como o ressoar longícuo de
minhas palavras. Profecias, talvez. Todos nós somos profetas um dia. A lucidez
de minha melancolia e a estupidez de certas atitudes minhas, me deixaram mais
alerta em relação ao mundo. Talvez seja esse maldito drama que me afugenta de
mim mesmo. Vez
ou outra ele se levanta e trai minha própria memória, como quem deixa de lado a
vida, como quem respira insatisfação. É besteira lembrar do que não precisa, é
horrível a fuga. Ao longe tudo é tão lindo, tudo parece ser tão puro, e no fim
das contas nada faz muito sentido a essa hora da madrugada, o computador
desafia minha mente cansada. È tarde, não consigo dormir, mas o que
importa é que todos os meus caminhos devem
sempre me levar à libertação....!!!
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